Quando Jesus esteve aqui na Terra em forma 100% humana, começou a cumprir o propósito Divino ainda jovem. No evangelho de Lucas 2:46-47 está registrado que Ele esteve perdido dos seus pais carnais. E por três dias ele se ocupou em estar junto aos “doutores” para ouvi-los e interrogá-los.
A atitude de Jesus causou preocupação e temor em seus pais, mas como ele disse: Por que é que me procuráveis? “Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2: 49).
Embora alguns estudiosos da bíblia afirmam que o ministério de Jesus tenha iniciado aos seus 33 anos, após ser batizado pelo anunciador João Batista. É também aceitável dizer que tenha sido aos doze anos, pois no próprio descrito bíblico acima Ele já citava um era o seu Pai espiritual.
Independente disso, o ponto que nos chama a atenção é a sua vocação desde menino para liderar. Evidente que tal habilidade tinha um propósito espiritual. E apesar da sua pouca idade, causava espanto e admiração aos que o ouviam e seguiam-no.
Desde cedo Jesus sabia qual era a sua missão, e quando na fase adulta, cuidava em preparar homens para assumir o seu legado.
E para isso, orava a Deus e pedia sabedoria, em reconhecimento a grande responsabilidade daqueles que dariam testemunho da sua vida e obras.
Era preciso unir humildade + sabedoria + fé + consagração + conhecimento. Essas eram as hard e soft skills (hard = habilidades técnicas e soft = habilidades comportamentais) necessárias para ser um discípulo de Jesus.
Muitos eram habilitados e foram confirmados como seus discípulos, entretanto, havia o grupo dos doze apóstolos, os quais andavam, comiam, bebiam, dormiam e pregavam, sempre juntos, testemunhas oculares dos milagres operados por Cristo.
Enquanto visitava doentes, tribos, e nações, Jesus sempre reservava tempo e escolhia lugares ao ar livre em meio à natureza para disseminar os seus ensinos.
A sua habilidade e talento no cumprimento da sua missão conferiu-lhe o título de Mestre dos mestres.
Ao escolher os seus discípulos, ele não focou em conhecimento e eloquência do Sinédrio, pois dentre eles, haviam homens humildes e menos instruídos, como os pescadores Pedro e seu irmão André.
Não sabemos se isso foi uma tática para demonstrar que pelo agir de Deus, homens iletrados e improváveis podem ser transformados em discípulos cheios de autoridade para expulsar demônios e andar sob as águas.
Também não podemos fazer suposições irracionais e irresponsáveis quanto aos critérios de Jesus na escolha dos discípulos, mas algumas coisas são possíveis constatar: de acordo com os relatos bíblicos, aqueles que perseveraram em humildade, e reconheciam a sua dependência de Deus, a tal ponto que não temiam entregar os seus dons e talentos para cumprirem os propósitos divinos – levar o evangelho a toda tribo e nação em nome de Jesus – foram chamados de amigos de Jesus.
Pode imaginar a honra e privilégio em estar na companhia do “Mestre dos mestres”?
O seu legado, para além das coisas celestiais, também nos ensina que um líder exerce autoridade, quando:
- Faz-se amigo;
- Valoriza o potencial das pessoas;
- Educa;
- Ensina;
- Prepara;
- Perdoa erros;
- Compreende a dor do outro, e
- Ora e pede sabedoria a Deus.
Sem dúvida o último item é o principal deles. Jesus Cristo não fazia nada sem antes orar a Deus e pedir sabedoria.
Ele reconhecia que a sua condição carnal – temporária – poderia tentá-lo a exercer o seu poder divino e arruinar o plano de redenção.
No entanto, ele não titubeou em se aproximar das pessoas e construir laços de amizade, mesmo com quem o trairia mais tarde.
Por fim, de tudo o que vimos no exemplo de Cristo, as maiores lições que podemos aplicar em nossas vidas é: orar sem cessar e amar ao próximo. Deus promete grande entendimento e sabedoria para quem nele o buscar.
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